
Nota: 5/5 ⭐ Editora: Folha de S. Paulo
Coleção: O melhor de Agatha Christie - Volume 4
Páginas: 239
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"Poirot era um homenzinho de aparência extraordinária. Não tinha mais que um metro e cinquenta de altura, mas impunha-se com grande dignidade." - P. 35

Publicado em 1920, O Misterioso Caso de Styles foi o primeiro livro de Agatha Christie, surgiu de uma aposta com a irmã que duvidava que ela conseguisse escrever um bom romance policial.
"[...] E aquele pequeno fato curioso, aquele detalhezinho aparentemente insignificante... a gente o coloca ali! - e fez um gesto extravagante com a mão - É significante, sim! Tremendamente!" - P. 51
Nesse livro somos apresentados pela primeira vez ao detetive belga, que posteriormente se tornaria tão conhecido, Hercule Poirot. E também ao seu amigo - Capitão Hastings, que narra toda a história.
"- Você deu rédeas demais à imaginação. A imaginação é boa criada, porém má conselheira. A explicação mais simples é sempre a mais provável." - P. 93
Emily Inglethorp é uma rica senhora casada com Alfred (seu segundo marido, um homem mais jovem que ela), e dona da mansão Styles. Seu enteado John Cavendish convida seu amigo Capitão Hastings para se hospedar na casa de campo de Styles. Em uma das noites, Emily é encontrada trancada em seu quarto, morta - vítima de um ataque cardíaco. Embora tudo levasse a crer em causas naturais, surge a suspeita de assassinato. Todos se tornam suspeitos e Hercule Poirot aparece para desvendar o mistério.
A autora conseguiu surpreender em seu livro de estreia, desenvolveu um enredo intrincado, que tem tudo que um bom romance policial possui - assassinato, mistério e vários suspeitos. Podemos ver seu talento ao fisgar o leitor e fazê-lo desconfiar de tudo e de todos, e no final, contar com aquele desfecho surpreendente da Rainha do Crime. Nessa edição da Folha (não sei se em outras edições também) temos o capítulo 12 em sua versão original não publicada e na segunda versão com as alterações feitas pela autora.
"- O instinto é uma coisa maravilhosa - murmurou Poirot. - Não se pode explicá-lo nem ignorá-lo." - P. 143